sábado, 16 de julho de 2011

Dilma inaugura produção de submarinos no Brasil

Os submarinos, com tecnologia francesa, são da classe Scórpene. A Marinha estima que 36 mil itens usados na construção desses submersos serão produzidos por 30 empresas brasileiras
Por Agência Brasil


A presidenta Dilma Roussef participou hoje (17), em Itaguaí, região metropolitana do Rio de Janeiro, da cerimônia que marca o início da construção de quatro submarinos convencionais brasileiros (S-BR), com tecnologia francesa. Os submarinos são da classe Scórpene, e são um dos itens do acordo que o Brasil assinou com a França há 2 anos e meio.

Durante a cerimônia a presidente disse os submarinos construídos pelo País "vão compor um quadro de defesa nacional e garantirão um ambiente pacífico e a segurança das nossas riquezas". Em ato simbólico, Dilma cortou de uma chapa de aço na sede da Nuclebrás Equipamentos Pesados (Nuclep).

A Marinha estima que 36 mil itens usados na construção desses submersos serão produzidos por 30 empresas brasileiras. Os equipamentos nacionais vão desde quadros elétricos, válvulas de casco e bombas hidráulicas até sistemas de combate e de controle, motores elétricos e a diesel e baterias de grande porte.

O documento bilateral entre Brasil e França deu origem ao Programa de Desenvolvimento de Submarinos (Prosub) da Marinha brasileira, que tem como um dos principais objetivos a produção de um outro tipo de submarino, movido à energia nuclear. Isso porque o mesmo método, técnicas e processos, e parte dos equipamentos desenvolvidos para a construção desses quatro submarinos convencionais, serão usados também na construção do submarino de propulsão nuclear brasileiro (SN-BR).

“O grande mérito e objetivo dessa parceria é a transferência de tecnologia e a aliança estratégica. Nesse projeto, temos um objetivo fundamental, que é fortalecer e capacitar a Marinha em dois aspectos: na sua modernização, ao se tornar capaz de dominar a tecnologia de produção de submarinos de propulsão nuclear no quadro de defesa nacional, e jamais de ataque”, disse.

O primeiro submarino deve estar concluído em 2016, mas só será entregue à Marinha no ano seguinte, depois dos testes de cais. Os outros três serão entregues no intervalo de um ano e meio. O SN-BR só fará parte da frota brasileira em 2023. Como o Brasil desenvolverá o reator nuclear, o país vai passar a integrar o grupo enxuto de nações que detêm esse tipo de tecnologia (China, Rússia, França, Estados Unidos e Reino Unido).

(Com agências Brasil e Estado)

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