sábado, 10 de dezembro de 2016

Educação Vexame na América do Sul.



O dia a dia de um professor na América do Sul é uma constante luta interna diária...Muitos se perguntam, estamos no caminho certo, os poucos jovens que ingressam pensam... não seria melhor mudar de profissão. 
Tudo isso é parte de um círculo vicioso da falta de motivação, respeito e salários acordes a umas das profissões mais importantes do mundo. Ensinar é educar para a vida, ajudar aos jovens terem pensamento crítico...
Brasil e Argentina, esta que já foi modelo de educação na América Latina, caíram no ranking do PISA (Programa Internacional de Avaliação dos Estudantes) de maneira absurda, e não é uma coincidência, é uma realidade nua e crua da falta de investimento na área.
Em primeiro lugar, continuamos ensinando alunos do século XXI como se estivéssemos no século XIX, por isso, é fundamental uma forte investigação nesta área para atualmente trabalhar com crianças e jovens que têm outras formas de pensar, maior volume de informação e tecnologia...
Em segundo lugar, dar ao professor uma carreira mais digna, com salários mais acordes a função que é a de formar novos indivíduos para todas as carreiras... Um professor de nível médio termina trabalhando em vários lugares, para poder sobreviver... E termina o ciclo letivo destruído, porque trabalha muito mais horas que as 40 semanais...porque além de dar aulas todos os dias, levam para casa infinita quantidade de trabalho e para melhorar a sua renda, termina nos seus pequenos momentos de descanso, dando aulas particulares para melhorar os seus ingressos...
Não existe feriado, fim de semana, nada... Férias um mês...depois de ter passado quase um ano inteiro com um trabalho árduo...os jovens de hoje estão desestimulados, as famílias não estão presentes na educação desde casa, com o qual triplica a tarefa do professor que hoje chamamos EDUCADOR, porque além de ensinar, é psicólogo, pedagogo, artista, e muitas vezes pais... 


Países como Brasil e Argentina abandonam em todo o sentido a carreira do professor, A pouca atratividade pela carreira do magistério, salários baixos, falta de plano de carreira e praticamente nenhuma política pública para formação são fatores que afastam os jovens da profissão e, por consequência, deixam o Brasil e a Argentina a léguas de distância do grupo dos melhores dos rankings de ensino. Países como Cingapura, Canadá e Finlândia, onde a profissão de magistério é altamente valorizada, possuem os melhores desempenhos. 
A profissão está tão desvalorizada na América do Sul, que aí temos um dos piores problemas, falta de professores, ninguém quer ser professor, trabalhar em condições inadequadas, sem praticamente descanso e com salários baixos... 

Países que não investem na educação, fracassam em todas as áreas. O professor é o que vai dar as ferramentas e abrir as portas para um pensamento crítico e uma sociedade mais humana, mas se cada vez somos menos os que lutamos por esse ideal, fica muito difícil que esses países possam crescer na economia... País sem educação é um país que perde competitividade...
Por Danielle Giani


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