sábado, 13 de julho de 2013

Malala Yousafzai discursa na ONU e pede educação para todos.

Segundo Ban Ki-moon, a história da jovem paquistanesa mostra qual o maior medo de um terrorista: "uma garota com um livro"

REDAÇÃO ÉPOCA
A jovem paquistanesa Malala Yousafzai não comemorou seu aniversário de 16 anos cantando parabéns. Vestindo um xale que pertenceu à lider paquistanesa Benazir Bhutto, Malala discursou para mais de 500 pessoas nesta sexta-feira (12), na sede da ONU, e cobrou dos governantes políticas para a educação e pelo fim do terrorismo. 
Malala ficou conhecida após sofrer uma tentativa de assassinato em 2012, quando o Taleban tentou mostrar ao Paquistão que não aprova educação para meninas. Antes de iniciar o discurso, foi apresentada pelo próprio secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon. Segundo o secretário, a história da jovem mostrou qual é o maior medo de um extremista: "uma garota com um livro".
Apesar de ter apenas 16 anos, Malala já tem experiência na luta por um mundo melhor. Em 2009, escreveu um relato para a BBC contando a situação de caos vivida na sua terra natal, o vale de Swat, quando o exército paquistanês enfrentou o Taleban. Em 2011, ganhou um prêmio pela promoção da paz no Paquistão. Depois disso, ela passou a atuar ativamente na questão da educação no país, lutando para que meninas tenham acesso às escolas. Foi esse trabalho que irritou os extremistas. "Na noite de 9 de outubro de 2012, o Taleban atirou no lado esquerdo da minha testa. Eles atiraram nos meus amigos, também. Eles acharam que as balas iriam nos silenciar. Mas eles falharam", disse Malala, na ONU.
Em seu discurso, Malala cobrou governantes de todos os países do mundo. "Hoje, nós pedimos que os líderes mundiais mudem suas estratégias e políticas e passam a favorecer a paz e a prosperidade. Nós estamos cansados de tantas guerras". A jovem disse que é preciso proteger as crianças pobres e expandir o acesso à educação, que deve ser livre e universal.
Em novembro do ano passado, Ban Ki-moon declarou que o aniversário da jovem, dia 12 de julho, passaria a ser o Dia de Malala. A data foi criada para defender o direito de meninas frequentarem a escola. Segundo a ONU, 57 milhões de crianças em todo o mundo não têm acesso à escola. Malala dedicou o dia a todas as mulheres do mundo. "Hoje não é o meu dia. É o dia de todas as mulheres, e de todos os meninos e meninas que levantam suas vozes pelos seus direitos.
 

Nenhum comentário: