
O Comitê Olímpico Internacional deverá contratar uma auditoria independente para investigar o escândalo de ingressos que atingiu a entidade neste fim de semana. Ontem, o jornal Sunday Times publicou uma reportagem estarrecedora, em que prova que agentes ligados aos Jogos Olímpicos estariam dispostos a revender ingressos no mercado negro.
Dois repórteres do Jornal disfarçados de cambistas do Oriente Médio flagaram 27 representantes de 54 países oferecendo bilhetes concorridos, como os da cerimônia de abertura e da final dos 100 metros rasos, por valores até 10 vezes maiores que os originais.
O revendedor oficial de ingressos para a Sérvia, por exemplo, estaria disposto a vender 1300 ingressos por 80000 libras (250000 reais), oferecendo-se também para fornecer informações falsas de 400 passaportes sérvios para encobrir a manobra. Uma representante da China afirmou ter comprado ingressos destinados ao público britânico, e queria revendê-los por até 6000 libras cada (18000 reais).
O presidente do comitê olímpico grego, Spyros Caprolos, deixou em maus lençóis o presidente do comitê organizador de Londres 2012 (LOCOG), Sebastian Coe (à direita na foto acima, ao lado do presidente do COI, Jacques Rogge). Caprolos disse ter sido bem sucedido em seu lobby para que Coe liberasse mais ingressos para o comitê grego. Em nota, o LOCOG negou que seu presidente tenha cedido a qualquer tipo de pressão.
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