
Vamos colocar temas referentes ao meu país, a sua cultura, a sua gente! Também divulgar acontecimentos referentes ao mundo todo e tudo em português.Se você quer aprender português não duvide! As aulas são divertidas, com conteúdos gramaticais, vocabulário atualizado e também temas do seu interesse!Entre no blog Fala Brasil e pratique com exercícios!
quinta-feira, 29 de março de 2012
Millôr Fernandes é velado no Memorial do Carmo, Rio Para Ruy Castro, que esteve no local, 'todos os grandes frasistas europeus batidos no liquidificador dão meio copo de Millôr'
O velório do jornalista, escritor, dramaturgo e desenhista Millôr Fernandes, que faleceu terça-feira, 27, aos 88 anos, começou às 10h desta quinta-feira no Memorial do Carmo, no Caju, zona portuária do Rio, com a presença de muitos amigos, profissionais das várias áreas onde ele atuava. A atriz Marília Pera foi uma das primeiras a chegar. "Era um homem livre, não era ligado a religião, não tinha partido político, era muito culto e engraçado. Me apoiou publicamente quando era politicamente incorreto me apoiar", disse.
O jornalista e escritor Ruy Castro lembrou que Millôr costumava dizer que era um homem atrás de seu tempo. "Ele não estava gostando muito de como a humanidade estava caminhando e preferia ficar atrás, apontando os erros. Todos os grandes frasistas europeus batidos no liquidificador não dão meio copo de Millôr. Não tinha um dia que uma frase do Millôr não servisse para explicar e iluminar uma conversa sobre alguma coisa obscura que estava acontecendo no Brasil e no mundo", afirmou Ruy Castro.
O filho de Millôr, Ivan Fernandes, citou uma lição deixada pelo pai: "Você jamais deve usar o humor para humilhar. O humor pode ser uma arma de ataque muito forte, mas jamais use para humilhar alguém." O velório acontecerá até as 15h no Memorial do Carmo. Em seguida, o corpo será cremado. Millôr Fernandes morreu em casa, em Ipanema, zona sul da capital fluminense, pouco mais de um ano depois de sofrer um acidente vascular cerebral (AVC).
Algumas frases celebres de Millôr Fernandes:
Não é segredo. Somos feitos de pó, vaidade e muito medo. ~ Frase de Millôr Fernandes
Errar é humano. Ser apanhado em flagrante é burrice.
Por mais imbecil que você seja, sempre haverá um imbecil maior para achar que você não o é.
O homem é o único animal que ri e é rindo que ele mostra o animal que realmente é !
Se todos os homens recebessem exatamente o que merecem, ia sobrar muito dinheiro no mundo.
Para quem não o conhece segue um pouco da sua hitória.
Millôr Fernandes (Rio de Janeiro, 16 de agosto de 1923 — Rio de Janeiro, 27 de março de 2012 foi um desenhista, humorista, dramaturgo, escritor e tradutor brasileiro.
Com passagem marcante pelos veículos impressos mais importantes do Brasil, como O Cruzeiro, O Pasquim, Veja e Jornal do Brasil, entre vários outros, Millôr era considerado uma das principais figuras da imprensa brasileira no século XX. Multifacetado, obteve sucesso de crítica e de público em todas os gêneros em que se aventurou, como em seus trabalhos de ilustração, tradução e dramaturgia, sendo várias vezes premiado.Além das realizações nas áreas literária e artística, ficou conhecido também por ter sido um dos idealizadores do frescobol.
Com a saúde fragilizada após um acidente vascular cerebral no começo de 2011, veio a morrer de março de 2012, aos 88 anos.
Juventude
Filho do engenheiro espanhol Francisco Fernandes e de Maria Viola Fernandes, Millôr nasceu no do Méier em 16 de agosto de 1923, mas só foi registrado – como Milton Viola Fernandes – no ano seguinte, em 27 de maio de 1924. De Milton se tornou Millôr graças à caligrafia duvidosa na certidão de nascimento, cujo traço não completou o "t" e deixou o "n" incompleto. Aos dois anos perde o pai, e sua mãe passa a trabalhar como costureira para sustentar os quatro filhos.
De 1931 a 1935 estudou na Escola Ennes de Souza. Nesse meio tempo se torna leitor voraz de histórias em quadrinhos, especialmente Flash Gordon. A forte influência, e o estímulo de seu tio Antônio Viola, o leva a submeter um desenho ao períodico carioca O Jornal que, aceito e publicado, lhe rende um pagamento de 10 mil réis.
Aos doze anos perde a mãe, passando a morar com o tio materno Francisco, sua esposa Maria e quatro filhos no subúrbio de Terra Nova, próximo ao Méier. Dois anos depois, em 1938, passa a trabalhar para o médico Luiz Gonzaga da Cruz Magalhães Pinto, entregando seu remédio para os rins "Urokava" em farmácias. Pouco depois é empregado pela revista O Cruzeiro, assumindo as funções de contínuo, repaginador e factótum.
Na mesmo época, assinando sob o pseudônimo "Notlim", ganha um concurso de contos na revista A Cigarra. É promovido a arquivista da publicação, e com o cancelamento de quatro páginas de publicidade desta, é convidado a preencher o espaço vago. Cria então a seção "Poste Escrito", que assina como "Vão Gogo".
Carreira literária
O sucesso de sua coluna em A Cigarra faz com que ela passe a ser fixa, e Millôr assume a direção do periódico, cargo que ocuparia por três anos. Ainda sob o pseudônimo Vão Gogo, começa a escrever uma coluna no Diário da Noite. Passa a dirigir também as revistas O Guri, com histórias em quadrinhos, e Detetive, que publicava contos policiais.
Em 1941 volta a colaborar com a revista O Cruzeiro, continuando a assinar como Vão Gogo na coluna "Pif-Paf", o fazendo por 18 anos. A partir daí passou a conciliar as profissões de escritor, tradutor (autodidata) e autor de teatro.
Já em 1956 divide a primeira colocação na Exposição Internacional do Museu da Caricatura de Buenos Aires com o desenhista norte-americano Saul Steinberg. Em 1957, ganha uma exposição individual de suas obras no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro.
Dispensa o pseudônimo Vão Gogo em 1962, passando a assinar apenas como "Millôr" em seus textos n'O Cruzeiro. Deixa a revista no ano seguinte, por conta da polêmica causada com a publicação de A Verdadeira História do Paraíso, considerada ofensiva pela Igreja Católica.
Em 1964, passa a colaborar com o jornal português Diário Popular e obtém o segundo prêmio do Salão Canadense de Humor. Em 1968, começa a trabalhar na revista Veja, e em 1969 torna-se um dos fundadores do jornal O Pasquim.
Nos anos seguintes escreveu peças de teatro, textos de humor e poesia, além de voltar a expor no Museu de Arte Moderna do Rio. Traduziu, do inglês e do francês, várias obras, principalmente peças de teatro, entre estas, clássicos de Sófocles, Shakespeare, Molière, Brecht e Tennessee Williams.
Depois de colaborar com os principais jornais brasileiros, retornou à Veja em setembro de 2004, deixando a revista em 2009 devido a um desentendimento acerca da digitalização de seus antigos textos, publicados sem sua autorização no acervo on-line da publicação.
Algumas de suas tantas obras
Poesia
Papaverum Millôr – 1967 – Prelo. Edição revista e ilustrada: 1974 – Nórdica
Hai-kais – 1968 – Senzala
Poemas – 1984 – L&PM
Artes visuais
Desenhos – 1981 – Raízes Artes Gráficas. Prefácio de Pietro Maria Bardi e apresentação de Antônio Houaiss.
Teatro (em livro)
Teatro de Millôr Fernandes (inclui Uma mulher em três atos 1953, Do tamanho de um defunto 1955, Bonito como um deus 1955 e A gaivota 1959) – 1957 – Civilização Brasileira
Um elefante no caos ou Jornal do Brasil ou, sobretudo, Por que me ufano do meu país – 1962 – Editora do Autor
Pigmaleoa – 1965 – Brasiliense
Computa, computador, computa – 1972 – Nórdica
É... – 1977 – L&PM
A história é uma istória – 1978 – L&PM
O homem do princípio ao fim – 1982 – L&PM
Os órfãos de Jânio – 1979 – L&PM
Duas tábuas e uma paixão – 1982 – L&PM (nunca encenada)
Teatro (não editado em livro)
Diálogo da mais perfeita compreensão conjugal - 1955
Pif, tac, zig, pong – 1962
A viúva imortal – 1967
A eterna luta entre o homem e a mulher – 1982
Kaos – 1995 (leitura pública em 2001 – nunca encenada)
Espetáculos musicais
Pif-Paf – Edição extra! – 1952 (com músicas de Ary Barroso)
Esse mundo é meu – 1965 (em parceria com Sérgio Ricardo)
Liberdade, liberdade – 1965 (em parceria com Flávio Rangel)
Memórias de um sargento de milícias - 1966 (com músicas de Marco Antonio e Nelson Lins e Barros)
Momento 68 – 1968
Mulher, esse super-homem – 1969
Bons tempos, hein?! – 1979 (publicada pela L&PM - 1979 - Porto Alegre)
Vidigal: Memórias de um sargento de milícias – 1982 (com músicas de Carlos Lyra)
De repente – 1984
O MPB-4 e o Dr. Çobral vão em busca do mal – 1984
Brasil! Outros 500 – Uma Pop Ópera (com músicas de Toquinho e Paulo César Pinheiro)
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário