sábado, 14 de maio de 2011

Fernando Pimentel convida colega argentina a tratar desavenças comerciais

O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior enviou uma carta à sua colega Débora Giorgi convidando-a para uma reunião em Brasília com o intuito de amenizar a crise entre Brasil e Argentina.

Redação ÉPOCA, com Agência EFE

O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, enviou nesta sexta-feira (13) uma carta a sua colega argentina, Débora Giorgi, convidando-a para uma reunião em Brasília para que sejam discutidas e tratadas as recentes desavenças comerciais entre os dois países.

A ministra argentina havia enviado ao governo brasileiro uma carta protestando contra as medidas protecionistas anunciadas por Brasília para frear a importação de automóveis. Na carta brasileira, Pimentel reiterou "o interesse e a disposição" do Brasil em tratar "todos" os assuntos de interesse comercial entre ambas as partes, segundo informou o ministério em comunicado.

O ministro declarou que as preocupações despertadas pela Argentina "foram e continuarão sendo objeto de discussão bilateral". Por outro lado, Pimentel foi mais incisivo sobre as questões levantadas pelo governo brasileiro, sobre as quais disse que "é necessário iniciar um diálogo construtivo conforme o estipulado" durante o último encontro dos dois países, realizado em Buenos Aires.

No fim do texto, Pimentel convidou Giorgi a ir a Brasília, "caso deseje", para tratar das desavenças comerciais entre os países.

Nesta quinta-feira, o governo federal impôs restrições à importação de automóveis de todo o mundo, embora a medida tenha sido interpretada na Argentina como uma represália às barreiras que o país impõe aos alimentos procedentes do Brasil. O governo argentino qualificou a medida como "intempestiva" e advertiu que a resolução afeta 50% do comércio bilateral.

A nova medida estabelece a implantação de licenças não-automáticas para a liberação nos portos e postos de fronteira dos automóveis importados.

Giorgi enviou uma dura carta a Pimentel na qual defende as medidas de proteção comercial adotadas pela Argentina e acusa o Brasil de impor múltiplas barreiras às exportações argentinas.

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