quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Você quer estudar no exterior?

Os caminhos para quem deseja fazer o ensino médio em outro país – e como escolher o melhor destino.
Camila Guimarães e Luciana Vicária

O sonho do estudante paulistano Luccas Gil Pereira, de 16 anos, era estudar fora do Brasil. Ele sempre quis morar em uma grande metrópole “para conhecer gente do mundo inteiro”. É um treino para sua futura profissão. Luccas quer ser diplomata. Sua determinação convenceu a família a mandá-lo para os Estados Unidos, onde cursa o 1º ano do ensino médio, em Nova York. Uma de suas expectativas era aperfeiçoar o inglês, mas com apenas três meses de estadia diz que até seu espanhol já está melhor. E isso é pouco se comparado à experiência de vida e aos amigos que fez. Nem mesmo as regras rígidas de seu internato tiram a empolgação do aluno. “Sinto que já amadureci”, diz ele.
Neste ano, cerca de 15 mil estudantes brasileiros saíram para fazer o ensino médio fora do Brasil. São jovens entre 15 e 19 anos em busca de uma nova cultura, um novo idioma e uma experiência de vida marcante longe de casa. Os pacotes que incluem escola e hospedagem são oferecidos por agências de intercâmbio. Variam muito de acordo com o país e com as expectativas do estudante. A escola pode ser pública ou particular e as acomodações em casa de família ou no próprio dormitório escolar (como mostra o quadro abaixo). Há diferenças significativas entre as divisões de semestres e disciplinas extras nos países. É por essas razões que o preço varia muito: de US$ 6 mil o semestre em uma escola pública americana, com famílias voluntárias recebendo os alunos, até US$ 30 mil por ano em um internato na Inglaterra.
Os estudantes que pretendem prestar vestibular no Brasil deveriam fazer o último ano de colégio por aqui. É necessário recuperar as matérias que não viram lá fora e se preparar para as provas de seleção. O currículo obrigatório dos brasileiros deve incluir uma disciplina de exatas, uma de biológicas e uma de humanas, além da língua inglesa e educação física. Só assim o Ministério da Educação aceita o período estudado fora e permite ao aluno continuar seus estudos.
Antes do Embarque

Perfil Descolado: O adolescente tem que estar preparado para viver longe dos pais e obedecer às regras de outra família ou de um internato. Muitos estudantes têm problema por recusarem a arrumarem a própria cama. Conversas com quem já foi podem ajudar na preparação.

Hora Certa: Boa parte dos programas é para jovens entre 14 e 19 anos. Se a ideia é prestar o Vestibular no Brasil recomenda-se voltar até o final do 2º ano. Mas, se o objetivo é tentar uma Universidade estrangeira, dá para concluir os estudos e cursar um programa preparatório lá fora.

Dossiê do Aluno: As escolas podem pedir histórico escolar, teste de inglês ou da língua do país onde se dará o programa. Algumas particulares exigem que o aluno não tenha repetido o ano e tenha notas acima da média, cartas de recomendação e trabalhos traduzidos. O preparo deve começar um ano antes.

Destino sob medida:  A escolha do lugar deve considerar a língua e o nível exigido pela escola, pesquise as disciplinas oferecidas. Vale também investigar o clima e o estilo de vida local. Há quem volte antes por não aguentar o clima ou não se adaptar aos hábitos.

Minha experiência foi um pouco diferente, já que eu havia me formado no Brasil como Jornalista e decidi buscar uma carreira no país vizinho, a Argentina, primeiro passei seis meses estudando o espanhol até chegar a um nível avançaado e depois me anotei na Universidade, recomendo a todos que busquem informação nas Embaixadas e países de destino.

Danielle Giani
Fonte: Revista Época.

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