sábado, 2 de abril de 2011

Expressões idiomáticas brasileiras.

A vaca foi para o brejo


“Ihhh, a vaca foi brejo...!”
Quando a seca é mais violenta, os animais começam a procurar os brejos, regiões que permanecem alagadas por mais tempo. É sinal de que a situação piorou.

Andar à toa
“Fiquei à toa o dia inteiro”
Toa é a corda com que uma embarcação reboca a outra. Um navio que está "à toa" é o que não tem leme nem rumo, indo para onde o navio que o reboca determinar. Andar sem destino, despreocupado, passando o tempo.

Casa da Mãe Joana
“ Tá pensando que isso aqui é a casa da Mãe Joana?”
Na época do Brasil Império, mais especificamente durante a minoridade do Dom Pedro II, os homens que realmente mandavam no país costumavam se encontrar num prostíbulo do Rio de Janeiro, cuja proprietária se chamava Joana. Como esses homens mandavam e desmandavam no país, a frase "casa da mãe Joana" ficou conhecida como sinônimo de lugar em que ninguém manda.

Dor de Cotovelo
“ Acho que Fulando está com dor de cotovelo”
A expressão teve origem nas cenas de pessoas sentadas em bares, com os cotovelos apoiados no balcão bebendo e chorando um amor perdido. De tanto ficar naquela posição, as pessoas ficavam com dores no cotovelo. Atualmente, é muito comum utilizar essa expressão para designar o despeito provocado pelo ciúme ou a tristeza causada por uma decepção amorosa.

Fazer nas Coxas
“ Se for para fazer nas coxas, não faça!”
A origem vem da época dos escravos, que usavam as próprias coxas para moldar o barro usado na fabricação das telhas. Como as medidas eram diferentes, as telhas saíam também em formatos desiguais. E o telhado, “feito nas coxas”, acabava torto.

Motorista Barbeiro
“ Nossa, que cara mais barbeiro!”
No século XIX, os barbeiros faziam não somente os serviços de corte de cabelo e barba mas, também, tiravam dentes, cortavam calos, etc... E por não serem profissionais, seus serviços mal feitos geravam marcas. A partir daí, desde o século XX, todo serviço mal feito era atribuído ao barbeiro, pela expressão "coisa de barbeiro". Esse termo veio de Portugal, contudo a associação de "motorista barbeiro", ou seja, um mau motorista, é tipicamente brasileira.

Tirar o Cavalo da Chuva
“Pode ir tirando seu cavalinho da chuva porque não vou deixar você sair hoje!”
No século XIX, quando uma visita iria ser breve, ela deixava o cavalo ao relento em frente à casa do anfitrião e, se fosse demorar, colocava o cavalo nos fundos da casa, em um lugar protegido da chuva e do sol. Contudo, o convidado só poderia pôr o animal protegido da chuva se o anfitrião percebesse que a visita estava boa e dissesse: "pode tirar o cavalo da chuva". Depois disso, a expressão passou a significar a desistência de alguma coisa.

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